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Friday, October 23, 2009

"Controle". O medo que não queremos admitir

Controle. Controle é uma das palavras mais assustadoras da língua portuguesa. Não por significar uma coisa aterradora, mas pelo  que ela trás consigo.

Nas fabricas controle serve para assustar tanto os funcionários como os patrões. No caso dos funcionários, porque com o controle o patrão vai descobrir o que eles estão aprontando. No caso dos patrões, porque vão descobrir que não controlam nada, e se não fizerem algo acabarão falindo.

No caso da "mania", ou da doença, dos que precisam ter controle tudo e mais alguma coisa, a doença é psicológica, mas com graves reações físicas em alguns casos, e a enorme paranóia que pode se criar na mente deles, torna o "controle", algo perigosíssimo para a saúde.

E temos muitos outros exemplos além desses. mas o controle de hoje, em minha opinião, é dos mais graves. Pois é o auto controle. É o controle que fazemos a nós mesmos, por dois motivos. Um porque devemos nos controlar, não nos metermos em confusões e não cometermos exageros. E o outro caso, que é o medo de nós mesmos.

Medo de nossas próprias reações, que não sabemos quais serão em determinadas circunstâncias. Medo de estourarmos num acesso de raiva incontrolável, devido a quantidade problemas e sapos que engolimos até que chegou um ponto que não dava mais.

Esse controle é o que me assusta. Eu não me assusto facilmente. Adoro filmes de terror e procuro sempre vários filmes desses pra ver se consigo levar um bom susto, mas infelizmente hoje em dia são todos muito previsíveis. É quase do gênero, quando estão aparecendo os créditos iniciais, vez o nome do ator principal e do secundário, e já sabes o final do filme. É horrível, e os filmes também, tenho sempre que recorrer aos clássicos, Sexta-Feira 13 e Hora do Pesadelo. Mas fora disso as únicas coisas que me assustam são:

*O silêncio, eu daria um péssimo surdo, pois acho que ficaria insano se deixasse de ouvir (adoro musica, e sons em geral, deixar de ouvir seria uma tortura, só sentir vibrações com o resto dos sentidos não dava);

*Cegueira, outra coisa que definitivamente me faria perder a cabeça (principalmente agora que estou me apegando mais a fotografia, e a criar efeitos, com jogos de cores e sombras);

*Perder meu auto controle, (ter um acesso de raiva (pura e imaculada), perder o controle sobre o corpo, sobre meus sentidos, sobre meu ser. Perder o controle ao ponto de não me reconhecer mais);

*Aranhas, (desde pequeno, quase ouso dizer que é trauma, podem trazer sorte, dinheiro ou sei lá, mas não gosto delas nem por nada);

Mas desses medos que enumerei, a falta de controle é o que mais temo, é o que dá, ser uma pessoas muito prática (e ter uma paciência gigantesca). Enquanto alguns têm medo de ficarem sozinhos (já me acostumei com a idéia), meu medo é perder o controle de mim mesmo. Não que seja um controlador compulsivo, mas como não me irrito com muita facilidade. E sou acho que nem tudo é motivo pra briga, acabo engolindo alguns sapos. Só que todo saco tem limite, todo poço tem fundo, e um dia posso não aguentar mais e aí.

Mas o medo da perda de controle, vem justamente da parte mais humana em todos nós, que é o fato de estarmos sempre a nos surpreender, e sempre a nos superar (até quando não queremos), assim sendo, com a perda de controle podemos descobrir algo novo a nosso respeito.

O problema vem depois, pois uma vez que o gênio sai da garrafa ele não quer mais voltar, ou seja, se com a perda de controle, ficarmos violentos, podemos ou adquirir um gosto pela violência, ou então, perdermos de vez, para situações futuras, nossa noção de certo e errado para nos contermos. Ou então, numa nota positiva, perdemos o controle e conseguimos conquistar a nossa mulher amada. Podemos perder o controle e todos os nossos medos desaparecerem.

A perda de controle trás muitas surpresas boas e outras desagraveis. Mas o fato de poder trazer coisas boas não a torna menos assustadora, e só a possibilidade de trazer coisas desagradáveis, já nos deixa (pelo menos deveria deixar) muito atentos.
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2 comments:

Cristina Monteiro said...

Hoje o teu tema é assim um pouco para o assustadiço:( Quando dizes que não somos capazes de lidar com o "controlo", esse mesmo que por vezes nos teima em fugir.
Eu já tive de lidar com a falta do meu próprio controlo e digo-te que cheguei a ódiar-me.
Já levei com a falta de controlo, de pessoas que me foram bastante chegadas e foi pertubador, assustador muito marcante.
Por vezes pergunto-me terei sido marcada. Será este o meu "karma". Muito sinceramente rezo para que não seja assim.

Sid Pracuch said...

O tema é um pouquinho pro assutador realmente, porque a possibilidade de se perder o controle é assutadora.

Que eu me lembre, ou em plena consciência, não me lembro de ter perdido o controle, a esse ponto de ter vindo a me odiar depois. (porque também a perda de controle é algo para a qual somos encaminhados para, seja por outras pessoas ou simples situações).

A falta de controle de pessoas próxima pode nos magoar e marcar profundamente, seja algo grave ou algo simples, só o fato da pessoa que nos é próxima, perder o seu controle, ainda pra mais com a gente, é assustador.

Mas não creio que seja "karma". Alguns defendem que tudo de negativo, que nos acontece, é pagamento, é troco, pelo mau que tenhamos causado em vidas passadas. Eu acho que nós somso conduzidos para as situações negativas. E quando nos apercebemos, não temos é auxilio nem conhecimento, de como sair de lá, sem ser magoados de alguma forma. E depois existem karmas bons e maus, como sempre existe um equilibrio

Eu particularmente defendo o "aqui se faz aqui se paga" se a pessoa é de bem, não apronta com ninguém, quer apenas viver a sua vida na paz e na prosperidade, em busca da felicidade, assim vai ser. Por outro lado se a pessoa é má, ela definitivamente vai sofrer por isso, para todo o sempre, e vai pagar pelo sofrimento que causa aos outros, vezes e vezes sem conta.

A única coisa para qual estamos marcados. Vem desde que nascemos, que é a tarefa de descobrir nosso destino na vida, passando por tropeços, faltas de controle, amores e ódios. Pois a recompensa quando alcançarmos esse destino vai valer a pena.

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