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Tuesday, October 13, 2009

Relacionamentos 5 - O Casamento - parte 1

Esta aí uma coisa que eu nunca vou entender. O casamento. Afinal é uma festa com um pouco de tortura, um pouco de alegria, completamente desnecessária, e não par ao casal que esta casando, e sim para os convidados. É suposto ser uma gigantesca boca livre (onde em alguns países o convidado, é convidado à ter o prazer de pagar a sua presença, no dia da cerimónia, para ajudar nas despesas da festa. ou seja tás pagando tua refeição e teu bar "aberto", por você e por quem se recusar a pagar) território de caça para solteiros e solteiras, pois o clima de romance ajuda. E mais nada.

Eu não preciso que alguém venha me dizer que estou ou não apaixonado por uma pessoa, que alguém me diga se a amo ou não não preciso de aprovação, nem autorização da sociedade ou do estado para estar com alguém, preciso apenas que ela me ame. Mas inventaram o casamento.


Casamento é uma coisa esquisita, porque não basta você dizer que quer casar, você tem que pedir permissão ao estado, para conseguir uma licença para casar (casamento pelo civil) e depois tens de ir na igreja (casamento religioso), falar com o padre, tratar do baptismo (se ainda não o és), tratar de crisma, confessar todos os pecados, ter catequese, e todas aquelas coisinhas religiosas que os pais empurram nos seus filhos quando são pequenos, para ver se crescem direito e não viram marginais ou párias da sociedade (pequeno problema nem sempre da certo, pois você, bandido, ladrão e traficante por aí que são super religiosos, que vão a igreja todo dia e não é só para roubas as esmolas das velhinhas).

Mas vejamos. Casamento pelo civil... para que? basta o casal estar vivendo maritalmente durante "x" tempo e perante a lei, já são considerados casados, pois tem os mesmos direitos de quem casou pelo civil. Com uma vantagem economizaram uma ótima grana. Que hoje em dia faz ainda mais falta.

Casamento religioso. Nada contra a religião de ninguém, mas ficar sentando, levantando e ajoelhando dentro de uma igreja por mais de 1 hora, é tortura. Porque casamento pelo religioso, é uma maravilha para o padre, tem de ficar lá na frente, falando (coisa que faz todos os dias, varias vezes ao dia), ganha uma lavagem na igreja (as vezes até uma reforma). E tudo isso para fazer uma missa como sempre fez e chegar a meio e dizer algo do género "Galera da paróquia olha só, esse monte de gente que vocês não conhecem vieram ver esses dois aqui se casarem. É a estas duas pessoas que vou torturar mais daqui a pouquinho que vocês têm de agradecer a reforma da igreja, e o fato dela estar tão limpa". Sim porque apesar dele dizer "Aquilo que Deus uni, o homem não separa." Na pratica é treta, pois para o casamento ser considerado valido nos olhos da lei tem que ser no civil também. Pois sem o civil você gastou um dinheirão reformando a igreja para continuar oficialmente solteiro. Lado positivo, aquela televisão grandona que parece uma tela de cinema que você comprou depois no dia do casório, quando houver a partilha é só tua.

Essas são as duas modalidades de casamento que eu conheço pelo menos, acho que ainda não se deram ao trabalho de inventar mais. Eu não vou nem entrar nas causas do género de a noiva ta grávida, o noivo tinha um revolver apontado para cabeça, a prostituta não queria ser deportada e precisava de um otário, a que mulher precisa de casar para não dizerem que ficou para tia. Não nem entrar nessa parte (hoje pelo menos). Mas perdição ainda maior, vem depois. A recepção.

A recepção (também conhecida como "vou esfregar na cara de todo mundo") é o fim de tudo. É o motivo pelo qual eu digo: "Quer casar? Muito bem, tudo muito bonito, mas trate de ter dinheiro para bancar a festa, pois sou convidado, e regras de etiqueta ditam que os convidados não pagam". Excepto aqui, que além de dares a prenda dos noivos ainda tens de dar a prenda €€€ dos noivos. É do género, "nós os noivos, estamos cordialmente te convidado para esfregar na tua cara que eu consegui casar, e quero você aqui ajudando a pagar minha festa". Basicamente resume-se a isso.

Na recepção é onde você um mundo de comida que não acaba mais sendo desperdiçada por gente que nem à mesa sabem se sentar. Bebendo feito condenados (aproveitando todo  €€€ que investiram) e parte mais chata, é aquele mundo de comida que sobra que vai ser jogado fora depois.

Mas para os noivos a tortura da do casamento na acaba quando sai da igreja, pois têm os fotógrafos dizendo o que eles podem ou não fazer (e diga-se de passagem, os fotógrafos  ficam azucrinando também as pessoas amigas do casal, que resolvem tirar fotos também). Os noivos escolhem pratos caríssimos, para não provarem nem um bocadinho, pois são puxados para tudo quanto é lado que não têm tempo de comer nada. Conseguem uma garfada do bolo de noiva (curioso, como o bolo é só da noiva, quando sem noivo não tem casamento) e um gole do champanhe (se derem sorte). E no final do dia descobrem que ainda vão ter que mandar o carro para lavar no dia seguinte, com o monte de porcaria que os amigos cobrem o carro dos noivos.

E uma coisa que terrível que vem acontecendo muito nos últimos tempos. O casamento é internacionalmente conhecido como uma local de caça para os solteiros, pois temos as damas de honra, a madrinha, e as convidadas, ali como presas e isso vale para ambos os lados sejam homens ou mulheres, se você esta solteiro num casamento, das duas uma, ou és caça, ou és caçador. Só que ultimamente o que mais tem nos casamentos, além dos casais convidados (povo já comprometido casado ou não, mas comprometido) são as solteiras que ninguém pode pegar ou fazer alguma coisa, pois são todas de menor. É o cumulo, é quase dar um "oi!" e ir preso no meio do casório por pedofilia, pois o que não falta são solteiras... tudo menor de idade. E que participam na hora que se atira o bouquet.

Dizem que o dia do casamento é o dia que a noiva mais sonhou desde pequenina e por isso é o dia dela apenas. Tendo-se em consideração que durante a organização, se o noivo da uma sugestão de optar por algo simples, leva um bronca gigantesca, e tem praticamente que concordar com tudo que a noiva fala, dá para ver o porque. (não é machismo, infelizmente em cerca de 88,3% dos casos é assim mesmo que acontece).

Enfim, se querem casar banquem a festa toda, é de bom tom. Não digam que precisam de dinheiro, que as prendas mais importantes são em dinheiro. Banquem a festa e acabou. Saibam apenas que hoje em dia existem leis que fazem o casamento algo um tanto para o simples e não essencial, que existem formas muito boas de fazer um casamento bom e barato. E que vocês não precisam torturar as pessoas numa igreja, numa cerimonia que tem de ser praticamente validada em cartório. Serem felizes juntos  é o que basta, o resto são extras

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